Foram os historiadores de Fátima que contribuíram para reavivar o interesse pela Senhora da Paz. Consultando a imprensa de 1917 para saberem o que se escrevera sobre a Cova da Iria e, assim, prepararem o 50.º aniversário destas aparições, acabaram por encontrar numerosos artigos sobre o Barral, situação que alterou o rumo dos acontecimentos.
Em Agosto de 1967, Fátima acolhe o XII Congresso Mariano Internacional para assinalar o cinquentenário das aparições. O cón. professor doutor Avelino da Costa, historiador e catedrático da Universidade de Coimbra, é convidado para colaborar e apresenta uma comunicação que desperta grande interesse: “As aparições de Nossa Senhora do Barral, a 10 e 11 de Maio de 1917”.
A devoção à Senhora da Paz está a ganhar nova alma. Com autorização do arcebispo primaz, o cón. Avelino da Costa – também nascido no Barral e contemporâneo do vidente pastorinho – escreve uma série de artigos no Diário do Minho, que, em parte, são reproduzidos noutros periódicos. E, em sintonia com o pároco e os seus conterrâneos, logo pede autorização para mandar fazer uma imagem e para erigir uma capela no local.
A 24 de Junho de 1967, a imagem da Senhora da Paz é benzida e colocada num nicho, à veneração dos fiéis. E a Confraria de Santa Ana decide promover a construção da capela, cuja licença é assinada, em Maio de 1968, por D. António Ribeiro, na altura bispo auxiliar de Braga e futuro cardeal patriarca.
Jornal Voz da Fátima
No carimbo comemorativo está retratada a coroa preciosa de Nossa Senhora de Fátima.
A coroa de ouro, que pesa 1200 gramas é enriquecida por 2992 pedras preciosas, nomeadamente 1400 diamantes, 950 brilhantes, 313 pérolas, 260 turquesas, 33 safiras, 17 rubis, 13 esmeraldas pequenas, uma esmeralda grande, uma ametista e quatro águas-marinhas que constituem as quatro grandes gemas retangulares transparentes na base da coroa.
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